As dificuldades para a realização do exame foram ressaltadas pela perita criminal Carmélia Miranda. De acordo com ela, o estado de decomposição do corpo pode comprometer as moléculas de DNA, mas, mesmo diante desses desafios, a equipe técnica conseguiu obter material suficiente para um resultado conclusivo. “Em casos de decomposição, substâncias degradantes influenciam o exame, mas conseguimos o resultado positivo”, afirmou Miranda.
Anna Cecíllya desapareceu no dia 21 de janeiro após sair para brincar, e seu corpo foi encontrado cinco dias depois, em 26 de janeiro, em uma área de difícil acesso e coberta por vegetação densa. O local foi detalhadamente periciado por Jana Kelly, do Instituto de Criminalística, que detectou lesões no corpo da menina indicativas de violência física.
Além da identificação, amostras adicionais estão sendo analisadas para investigar a possível presença de material genético masculino, o que poderá indicar se houve violência sexual. Entretanto, Carmélia Miranda ressaltou que este exame específico pode demandar mais tempo devido à sua complexidade e à condição em que o corpo foi encontrado.
Com o caso avançando, o corpo, que tinha sido liberado previamente, agora poderá receber a declaração oficial de óbito, permitindo que a família emita a certidão necessária para o sepultamento. A tragédia e brutalidade do caso reacendem o debate sobre a segurança infantil na região e a importância de processos investigativos ágeis e eficazes.