Inicialmente, Manoel procurou auxílio na UPA do Benedito Bentes, acreditando ter sido picado por um escorpião. Lá, recebeu orientações e medicamentos. No entanto, sem sucesso na recuperação, recorreu ao Hospital Escola Hélvio Auto, onde foi identificado corretamente que a lesão fora causada pela aranha-marrom. Paralelamente, foi diagnosticado com diabetes e hipertensão, condições que até então desconhecia e que complicavam seu quadro clínico.
Dada a gravidade da situação, Manoel foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), referência em cirurgia vascular em Alagoas e equipado com o Serviço de Assistência à Pele e Feridas. Neste centro especializado, foi submetido a um intenso tratamento que incluiu procedimentos como desbridamentos, curativos avançados e Terapia de Pressão Negativa, fundamental para a aceleração da cicatrização das feridas.
Bruno Veloso, cirurgião vascular responsável pelo caso, ressaltou a importância do diagnóstico e tratamento imediatos. Ele explicou que intervenções rápidas, incluindo a identificação do agente causador da picada, são cruciais. “O tempo é essencial. Ao menor sinal de picada, a busca por atendimento médico é indispensável”, afirma Veloso.
Após 40 dias de internação e intensa dedicação da equipe do HGE, Manoel está de volta ao lar, agradecido por ter sua vida e braço salvos. “Agradeço a todos no HGE, de quem me deu água até os cirurgiões. Nunca imaginei que aquele dia simples em casa me traria aqui, mas sou grato por poder continuar”, disse emocionado. A história de Manoel destaca tanto o comprometimento dos profissionais de saúde quanto a importância do rápido atendimento em situações de emergência.