Muitos pais, principalmente aqueles que estão amamentando, possuem dúvidas sobre quando começar a oferecer água para seus bebês. A pediatra do Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió, Ana Carolina Ruela, explica que essa é uma questão comum e que deve ser esclarecida desde a maternidade. No entanto, a especialista orienta que o recomendado é apenas amamentar a criança com leite materno, oferecendo água apenas quando a amamentação exclusiva está impedida ou contraindicada.
De acordo com a médica, tudo depende do desenvolvimento do bebê e da amamentação. Quando o aleitamento materno está ocorrendo de forma adequada, o leite materno já contém a quantidade necessária de água, portanto, não é preciso oferecer água extra até a introdução da alimentação, que ocorre por volta do sexto mês de vida. No entanto, em casos em que o bebê precisa complementar a amamentação com fórmula láctea, pode ser necessário oferecer uma pequena quantidade de água proporcional ao uso da fórmula, para garantir a hidratação adequada e o bom funcionamento dos rins e intestino.
A pediatra destaca a importância de esclarecer essas dúvidas desde o início da maternidade, como aconteceu com a Larisse Luane dos Santos, mãe de primeira viagem. Larisse teve que complementar a amamentação com fórmula devido a problemas no aleitamento materno. No entanto, após a cirurgia para correção de um estreitamento que seu filho apresentava entre o estômago e o intestino, eles podem voltar para casa apenas com o leite materno e com a saúde do bebê fortalecida.
Além disso, a pediatra destaca que as mães também devem se manter hidratadas durante o período de amamentação, para auxiliar na produção de leite materno e no bom funcionamento do organismo. É importante que a qualidade da água seja verificada, podendo ser mineral ou filtrada, e em caso de utilizar água da torneira, é recomendável fervê-la.
A quantidade necessária de água varia para cada bebê e criança, sendo influenciada pela idade e clima. Em ambientes muito quentes é necessário beber bastante água, mesmo não sentindo sede, uma vez que a sede já é um sinal de desidratação. A falta de ingestão de água pode levar à desidratação, principalmente em crianças menores. Alguns sinais de desidratação são olhos fundos, falta de lágrimas ao chorar, boca seca, pouca urina e menos alerta e ativo.
É importante que esse assunto esteja sempre presente nas consultas pediátricas de rotina, para que os pais possam esclarecer suas dúvidas e garantir a saúde e bem-estar de seus filhos. Vale ressaltar que o diagnóstico de desidratação deve ser confirmado durante o exame clínico e podem ser necessários exames laboratoriais para avaliar a perda de líquidos.
Em resumo, o recomendado é que os bebês sejam alimentados somente com leite materno até a introdução alimentar, sendo a água oferecida apenas em casos em que a amamentação exclusiva esteja impedida ou contraindicada. A quantidade necessária de água varia para cada bebê e criança, sendo influenciada pela idade e clima. Portanto, é essencial que os pais estejam atentos aos sinais de desidratação e busquem orientação médica sempre que necessário.