As Áreas de Proteção Ambiental (APA) não ficaram imunes a essas chamas avassaladoras. Foram registrados 47 focos nessas áreas, com destaque para a APA do Pratagy, que apresentou 15 focos, e a APA de Murici, com 13. Além disso, a vegetação nativa sentiu os efeitos das queimadas, com 158 registros. Dentre os tipos de vegetação afetados, a Transição Fitoecológica, onde diferentes vegetações se encontram, sofreu 50 ocorrências, seguida pela Floresta Ombrófila, com 49, e a já vulnerável Caatinga, com 40 focos.
Diante dessa situação alarmante, o IMA enfatiza a importância da adesão às normas ambientais vigentes, destacando que o uso do fogo em Unidades de Conservação é considerado ilegal e pode levar a pesadas multas e até mesmo prisão. O diretor-presidente do IMA, Gustavo Lopes, reforça o apelo à população para que use o aplicativo IMA Denuncie, uma ferramenta essencial no combate às queimadas irregulares.
No que diz respeito aos municípios mais afetados, Coruripe lidera com 61 focos, seguido por Traipu, com 53, e Rio Largo, que registrou 29 focos. Por outro lado, cidades como Água Branca, Campestre, Carneiros, Coité do Nóia e Coqueiro Seco tiveram apenas um foco cada.
A tecnologia tem sido uma aliada no monitoramento e análise desses dados. Daniel da Conceição, supervisor de geoprocessamento do IMA, destacou o papel vital do geoprocessamento. Segundo ele, essa tecnologia permite uma análise precisa das informações geoespaciais e temporais, facilitando a criação de mapas temáticos, cruzamento de diversos dados e a gestão territorial.
Os relatórios de monitoramento de queimadas, que são publicados semanalmente, são uma ferramenta valiosa para entender a extensão e o impacto das queimadas, além de ajudar na identificação dos responsáveis por danos ambientais e na elaboração de estratégias de prevenção e fiscalização mais eficazes.