A Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) chama atenção para a dependência química, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica e progressiva que requer tratamento adequado. As consequências do vício são amplas, impactando o sistema cardiovascular, causando problemas hepáticos, respiratórios, psicoses e alterações de humor, como ansiedade e depressão.
Segundo Junior Amaranto, psicólogo especialista em dependência química da Seprev, a dependência afeta milhões mundialmente e pode conduzir a situações irreversíveis. Ele destaca a importância do tratamento profissional, dada a complexidade multifatorial da condição, que envolve fatores genéticos, comportamentais e sociais, entre outros.
Em Alagoas, a Rede Acolhe oferece tratamento gratuito e voluntário em 23 comunidades terapêuticas, com 750 vagas para homens e mulheres a partir dos 18 anos. Supervisionado por uma equipe multidisciplinar, o tratamento se estende desde a recepção inicial até a reintegração social, contando com acompanhamento psicológico, assistência social e apoio técnico.
O superintendente de Políticas sobre Drogas, Anax Bruno, afirma que esse trabalho é vital para aqueles que buscam superar a dependência, oferecendo a chance de reescrever suas histórias de vida com dignidade. Em 2024, a Rede Acolhe registrou 6.115 encaminhamentos, e histórias de sucesso como a de Jair, de 60 anos, que superou a dependência e agora participa de programas de reinserção social e cursos profissionalizantes, são testemunhos do impacto positivo do programa.
Quem desejar assistência pode procurar os Centros de Acolhimento em Maceió e Arapiraca, ou agendar atendimento pelo número 0800 280 9390, garantindo que a ajuda esteja acessível a todos que dela necessitem.