A investigação, conduzida pela Seção Antissequestro da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), revelou que o motorista não foi vítima, mas sim o autor de um engenhoso esquema. Ele teria ateado fogo em seu próprio veículo, um VW/FOX preto, em uma área isolada, com a intenção de enganar a seguradora para receber indenização por incêndio.
Os detalhes do caso foram divulgados durante uma coletiva de imprensa realizada na sede da Delegacia-Geral da Polícia Civil em Jacarecica, contando com a presença de altos delegados como Gustavo Xavier e Igor Diego. Segundo o relato inicial, o motorista havia afirmado que foi abordado por três indivíduos armados que o sequestraram e ainda tentaram matá-lo, antes de incendiar seu carro.
No entanto, as investigações, que incluíram a análise de imagens de câmeras e outras evidências, desmascararam essa narrativa. O homem teria comprado combustível em um posto próximo antes de incendiar o próprio veículo. Infortunadamente, ele se queimou durante o ato de vandalismo.
Além do indiciamento por estelionato, o motorista enfrenta acusações de falsidade ideológica e comunicação falsa de crime, com penas que podem somar até 10 anos de prisão. O caso já foi enviado ao Judiciário e ao Ministério Público para continuidade da ação penal. A ação rápida da Polícia Civil foi elogiada e serve para alertar sobre tentativas de fraudes, especialmente envolvendo seguradoras.