ALAGOAS – Mestre do Patrimônio Vivo, Canarinho de Alagoas, falece aos 78 anos deixando um legado imensurável na cultura popular.

O mestre do Patrimônio Vivo, conhecido como Canarinho de Alagoas, faleceu aos 78 anos, deixando um legado inestimável na cultura popular alagoana. Antonio Salvador de Souza, que era trovador, repentista e embolador, foi reconhecido como Patrimônio Vivo em agosto de 2012 e fez parte da história cultural do estado por mais de 50 anos.

Nascido em Limoeiro de Anadia, Canarinho de Alagoas iniciou sua carreira nas feiras das cidades e no Centro de Maceió, conquistando a todos com sua habilidade no violão e no pandeiro. Ele se tornou uma figura central nas praças e feiras do estado, sendo carinhosamente apelidado de Canarinho das Alagoas.

A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, lamentou a perda do mestre, destacando sua voz poderosa e talento para improvisar versos de repente e emboladas. Canarinho de Alagoas era conhecido por sua capacidade de improvisação e voz marcante, se destacando em diversas formas de cantoria de viola.

Além de sua atuação como cantador, Canarinho também atuou como palhaço em grupos de guerreiros, levando alegria e cultura para diversas regiões do estado. Seus filhos seguiram seus passos na profissão de cantadores, mantendo viva a tradição da família.

O mestre do Patrimônio Vivo João de Lima destacou a genialidade de Canarinho de Alagoas, descrevendo-o como um poeta talentoso e trabalhador incansável. Sua criatividade e autenticidade na arte da embolada, do pandeiro e da viola marcaram época e deixaram sua marca na cultura popular alagoana.

A morte de Canarinho de Alagoas representa uma perda irreparável para a cultura do estado, mas seu legado continuará vivo por meio das memórias e tradições que ele tão bem representou ao longo de sua trajetória artística.

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