A ginecologista Karine Lucena explica que as mulheres acometidas pela SOP não enfrentam apenas as manifestações mais conhecidas, mas também podem sofrer com aumento da pressão arterial, glicemia, colesterol e triglicerídeos. Esses fatores tornam o diagnóstico e o tratamento ainda mais essenciais. Segundo Lucena, o diagnóstico é feito através de uma combinação de exames clínicos, ultrassonografias e avaliações hormonais. Fatores como atrasos menstruais, aumento de pelos, acne, e dificuldades para engravidar são levados em consideração.
No Hospital da Mulher de Alagoas, as pacientes contam com uma abordagem multidisciplinar que inclui acompanhamento por endocrinologistas, nutricionistas e ginecologistas. O tratamento da síndrome envolve, principalmente, medicação, mudanças de estilo de vida, prática regular de exercícios físicos e uma dieta equilibrada. “A reeducação alimentar e a atividade física são fundamentais”, enfatiza Karine Lucena. Ela também destaca que, em muitos casos, o uso de anticoncepcionais específicos, como aqueles que contêm drospirenona, pode ser benéfico, sobretudo quando associado a outras medicações.
O Hospital da Mulher oferece esse suporte através do Sistema de Regulação de Saúde (Sisreg), garantindo que mulheres sejam encaminhadas de suas Unidades Básicas de Saúde ou Secretarias Municipais para receber o tratamento adequado. O suporte contínuo e o acompanhamento médico regular são vitais para essas pacientes, especialmente para aquelas que desejam engravidar, devido às complexidades hormonais causadas pela SOP.assim como O centro de saúde enfatiza a importância da conscientização em torno da condição e da busca por ajuda médica ao menor sinal dos sintomas mencionados.