Na lista dos estados mais afetados, Alagoas é seguida pelo Espírito Santo, onde as perdas médias atingem R$ 2.890, e Roraima, com R$ 1.880. Apesar de São Paulo ser o maior mercado financeiro do Brasil, o estado registrou uma média de R$ 1.600 em perdas, evidenciando que a vulnerabilidade às fraudes virtuais não se limita aos centros econômicos.
Particularmente preocupante é o fato de que a população idosa é a mais atingida por essa onda de fraudes, representando 30,8% dos casos. A perda média entre pessoas com 60 anos ou mais chega a R$ 4.820, quase cinco vezes o valor registrado entre os jovens de 18 a 24 anos. Os golpes mais comuns que afetam os idosos incluem pedidos de dinheiro, nos quais criminosos se passam por familiares em aplicativos de mensagens, utilizando fotos e números clonados para criar um senso de urgência.
Além das fraudes via WhatsApp, que são predominantes, têm se tornado recorrentes os golpes de falsos advogados, que já causaram centenas de vítimas em Alagoas. No primeiro semestre deste ano, a Comissão de Fiscalização e Combate a Práticas Irregulares na Advocacia da OAB/AL registrou 400 casos, em que golpistas se apresentaram como advogados e pediram pagamentos de taxas para a liberação de benefícios. O uso até de inteligência artificial para simular vozes de advogados tem tornado essas fraudes ainda mais complexas e desafiadoras para a detecção.
A pesquisa também revelou que uma parte significativa desses golpes tem sua origem em plataformas da Meta, destacando o WhatsApp como o principal canal de comunicação para os criminosos. Aproximadamente 65% dos valores desviados são depositados em contas de empresas, prevalecendo as sociedades limitadas, o que sugere uma organização crescente e profissionalização do crime digital.
No contexto nacional, as fraudes mais recorrentes incluem compras fictícias em perfis ou lojas inexistentes, além de falsas ofertas de emprego e renda extra. Com o avanço das tecnologias, a necessidade de atenção redobrada dos usuários se torna cada vez mais evidente.
