Uma das ações inclui a criação de murais informativos espalhados pelo hospital. Nestes murais, os profissionais oferecem dicas práticas, frases motivacionais e orientações fundamentais sobre a importância de se manter atento à saúde mental. A proposta visa não apenas informar, mas também reduzir o estigma associado a distúrbios mentais comuns, como ansiedade, depressão e síndrome do pânico.
A psicóloga Crislayne Marques, uma das responsáveis pela iniciativa, afirma que a busca por apoio psicológico deve ser encarada como um ato de coragem e autocuidado. “As doenças da mente estão em uma crescente alarmante, mas o apoio psicológico representa um importante passo de amor-próprio”, enfatiza Marques. A profissional destaca ainda a importância de enfrentar o estigma que ainda persiste em relação aos transtornos mentais.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo enfrentam questões de saúde mental. Ainda mais preocupante, cerca de 14% dos adolescentes são impactados por transtornos, sendo a ansiedade e depressão os mais comuns, muitas vezes exacerbados por fatores emocionais, sociais e culturais.
No Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS), o acesso a profissionais qualificados e programas de acolhimento é uma realidade, embora a demanda continue superando a oferta. A ênfase em autocuidado, organização pessoal, atividade física regular e consulta a profissionais têm se mostrado estratégias eficazes para a promoção de saúde mental.
A mensagem do “Janeiro Branco” é clara: a saúde mental precisa ser uma prioridade contínua, não apenas em janeiro, mas ao longo de todo o ano. Estas iniciativas, que impulsionam a conscientização e desestigmatização, são passos vitais para um futuro onde o bem-estar mental é devidamente valorizado e promovido.