Especialistas em educação destacam que o ensino em tempo integral significa a ampliação da carga horária, mantendo os alunos na escola por períodos mais longos. Essa abordagem vai além do incremento nas horas de aula, abrangendo uma educação integral que visa desenvolver o aluno em suas esferas emocional, social, cultural e física. O objetivo é formar cidadãos completos e preparados para enfrentar os desafios da vida contemporânea.
A legislação alagoana está em consonância com a Lei Federal 14.555/2023, que instituiu o Programa Escola em Tempo Integral em todo o Brasil. Este alinhamento reforça a política de ensino integral no estado, ampliando oportunidades e recursos. O governador Paulo Dantas destacou em suas redes sociais a importância de uma educação robusta para o desenvolvimento estadual, reforçando que a permanência prolongada dos alunos em sala de aula melhora significativamente o aprendizado. Ele também agradeceu ao Instituto Sonho Grande, parceiro fundamental na implementação dessas políticas.
Por sua vez, a secretária de Estado da Educação, Roseane Vasconcelos, ressaltou o sucesso do Palei, que tem contribuído tanto para a melhoria dos índices educacionais, como o IDEB, quanto para a aprovação de estudantes no Enem. Vasconcelos anunciou a expansão do programa nos próximos dois anos, com a construção de 56 novas unidades de ensino por meio do ‘Escola do Coração’.
Atualmente, a rede estadual conta com 126 escolas que oferecem a educação integral, beneficiando 35.744 estudantes. Desde o lançamento do Palei, em 2015, quando apenas a Escola Estadual Marcos Antônio, em Maceió, disponibilizava essa modalidade, o programa vem crescendo de forma substancial. Em 2023, o percentual de matrículas no ensino integral na rede estadual chegou a 25,9%, um aumento expressivo de 24 pontos percentuais em relação aos 1,8% registrados em 2015.
Com a transformação do Palei em lei, o programa ganha robustez. Erivaldo Valério, gerente especial de Fortalecimento da Educação em Tempo Integral e Complementar da Seduc, destacou que as diretrizes, que antes eram determinadas por decretos, agora são permanentes e obrigatórias, trazendo maior estabilidade e continuidade às iniciativas de ensino integral no estado.
Além disso, a nova lei também beneficia as escolas de ensino fundamental integral. Ilson Leão, gerente especial de Fortalecimento da Educação em Tempo Integral do Ensino Fundamental da Seduc, explicou que existem 38 escolas de ensino fundamental integral e que essa oferta pode crescer conforme a demanda. A Seduc também está revisando documentos pedagógicos para se alinhar às novas metas educacionais.
A institucionalização do ensino integral em Alagoas representa um avanço significativo para a educação no estado, prometendo um futuro mais promissor para seus estudantes e, consequentemente, para toda a sociedade.