Os fiscais constataram a utilização de toras de madeira nativa da Caatinga nas atividades de uma das granjas, sem comprovação de origem legal. Tal prática levou à emissão de autos de infração, acendendo o alerta para o impacto negativo dessas atividades no meio ambiente, especialmente em relação à avicultura clandestina que, segundo os especialistas, afeta bacias hidrográficas inteiras.
Igor de Farias, fiscal do IMA, ressaltou que os danos ambientais transcendem os limites das propriedades, pois a gestão inadequada de resíduos provenientes da criação de aves, como cama de frango e efluentes líquidos, pode resultar em contaminação do solo e da água. O excesso de nutrientes e patógenos liberados na natureza pode comprometer a qualidade dos recursos hídricos e dos solos, trazendo consequências para a população.
Os esforços do IMA não foram isolados. A operação contou com a colaboração de diversas entidades, incluindo a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), o Conselho Regional de Medicina Veterinária, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério Público de Alagoas (MPAL). A atuação conjunta visou garantir que as medidas cabíveis, como orientações e notificações, fossem aplicadas, enfatizando a importância do licenciamento ambiental adequado e do manejo sustentável das atividades agropecuárias na região.
Essas ações reforçam a necessidade de uma fiscalização rigorosa e integrada para preservar o meio ambiente e assegurar práticas responsáveis que minimizem os riscos não apenas para a natureza, mas também para a saúde das comunidades locais. O comprometimento com o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental é essencial para garantir um futuro seguro e saudável para todos.