Desde sua admissão, a equipe do HGE trabalhou vigorosamente para estabilizar sua saúde e tornar sua estadia o menos onerosa possível, promovendo cuidados multiprofissionais, além de organizarem momentos especiais, como comemorações de aniversários. Vanessa Martins, coordenadora do Serviço Social do HGE, comentou sobre a decisão de transferência, destacando a felicidade da equipe ao saber que Victor irá para um local mais adequado para suas necessidades.
A situação de Victor era complexa. Desde a morte do padrasto, que tinha abrigado ele e seus irmãos, a família encontrou-se em situação de rua. Contatos realizados pelo Serviço Social do HGE revelaram que sua mãe sobrevive atualmente da venda de materiais recicláveis e continua vivendo em condições precárias com os outros filhos.
O caso mobilizou diversos órgãos e entidades. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) solicitou auxílio à Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), articulando esforços conjuntos com o Consultório na Rua, Hospital Escola Portugal Ramalho e a Defensoria Pública do Estado de Alagoas. Maria Derivalda Andrade, assistente social envolvida no caso, ressaltou a importância da articulação entre os serviços sociais e de saúde para garantir o sucesso dessa transição.
Entre as pessoas envolvidas na assistência a Victor, Rosilene Freire dos Santos, uma vizinha de seu padrasto, assumiu a curatela provisória do jovem, ajudando nos procedimentos legais para que Victor possa receber o Benefício de Prestação Continuada. Ela expressou gratidão ao HGE por todo o apoio prestado, afirmando que considera Victor e seus irmãos parte de sua família agora.
Essa iniciativa exemplifica como a cooperação entre diversas áreas do serviço público pode transformar vidas, garantindo dignidade e suporte a indivíduos em situações de alta vulnerabilidade.
