Wilzacler Rosa destacou a importância de um acolhimento sensível e qualificado na rede de saúde pública, enfrentando desafios como a identificação e manejo de casos durante e após a hospitalização. Ela enfatizou a necessidade de construir protocolos eficazes para assegurar um cuidado contínuo e ético, refletindo sobre a relação entre a violência sexual e o comportamento suicida.
Apesar de o Maio Laranja ser emblemático, a psicóloga reforçou que esse trabalho deve ser constante. “Momentos de troca de experiências e discussões éticas potencializam a atuação dos profissionais”, afirmou Rosa. A Área Lilás, referência no acolhimento de vítimas em diversas regiões, se consolida como um espaço fundamental de cuidado e humanização.
Yanna Albuquerque, coordenadora da Área Lilás, ressaltou o impacto positivo do evento. “Nosso Maio Laranja acontece todos os dias”, declarou, sublinhando que ampliar a compreensão e acolhida das vítimas é fundamental para evitar a revitimização e garantir um atendimento respeitoso.
O evento também proporcionou reflexões emocionantes, como destacado pela assistente social Lucivânia Machado, que reafirmou o compromisso dos profissionais com os direitos dos usuários. Para a diretora-geral do HEA, Bárbara Albuquerque, a iniciativa sublinha o compromisso da instituição com uma assistência humanizada e contínua.
A campanha Maio Laranja, realizada anualmente em todo o Brasil, busca mobilizar a sociedade e fortalecer políticas públicas de proteção integral às crianças e adolescentes, alinhando-se com o Dia Nacional de Combate à Violência Sexual Infantojuvenil, celebrado em 18 de maio.