A diabetes infantil se apresenta em duas formas principais. A diabetes tipo 1 é uma condição autoimune, na qual o sistema imunológico da criança ataca células do pâncreas responsáveis por produzir insulina. Já a diabetes tipo 2, que tem sido cada vez mais diagnosticada em jovens, está intimamente ligada ao estilo de vida contemporâneo. Ela geralmente resulta de uma combinação de obesidade e sedentarismo, fatores que estão em crescimento entre a população jovem.
Um dos mitos mais persistentes em torno da diabetes é a crença de que o consumo excessivo de doces durante a infância é uma causa direta para o desenvolvimento da doença. Larissa Flores esclarece que essa relação não é tão simples. “A diabetes é multifatorial. Embora o consumo de doces possa aumentar o risco, ele não é o único culpado”, afirma a pediatra, ressaltando a complexidade dessa condição.
Os sintomas que alertam para a possível presença de diabetes em crianças e adolescentes incluem sede excessiva, aumento do apetite, perda de peso rápido, fadiga constante, e alterações de humor. Contudo, Larissa Flores alerta que esses sinais nem sempre são óbvios, exigindo atenção dos responsáveis.
Outra preocupação comum é sobre a restrição de frutas na dieta dos pequenos. Frutas com maior teor de açúcar, como bananas maduras, laranjas e mangas, não são proibidas, mas devem ser consumidas com moderação. “É mais um mito a ideia de que devem ser evitadas completamente”, explica Larissa, enfatizando a importância de um equilíbrio nutricional.
Com um foco contínuo na educação e conscientização, o Hospital da Criança de Alagoas recomenda que os pais e responsáveis busquem orientação médica ao notarem sintomas suspeitos ou ao terem dúvidas sobre a doença. A informação e a prevenção são as chaves para lidar com a diabetes infantil, minimizando suas consequências e promovendo uma melhor qualidade de vida para as crianças afetadas.