ALAGOAS – Homem é preso em Maceió por extorsão e pornografia infantil após criar perfil falso no Instagram para enganar adolescentes.

Em uma operação conjunta que envolveu diversas forças de segurança, um homem de 26 anos foi detido no bairro do Jacintinho, em Maceió, Alagoas, sob a acusação de extorsão e divulgação de pornografia infantil. As investigações, comandadas pelo delegado Sidney Tenório e conduzidas por policiais civis das seções de Capturas e Crimes Cibernéticos da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado, efetivaram dois mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária. A operação também contou com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal e da Polícia Científica de Alagoas.

O homem, que já estava sob investigação, criava perfis falsos em redes sociais, se passando por adolescentes de 14 anos. Com essa estratégia, o suspeito atraía jovens entre 13 e 17 anos, ganhando sua confiança para, então, solicitar o envio de imagens íntimas. Após obter os primeiros arquivos, ele passava a chantagear suas vítimas, exigindo novos conteúdos sob a ameaça de divulgar o material comprometedor para parentes e amigos das adolescentes.

As autoridades descobriram que o material pornográfico infantil estava sendo vendido em sites de conteúdo adulto, revelando um esquema de exploração que envolvia tanto a extorsão quanto o comércio dessas imagens. A investigação teve início após uma denúncia registrada na 26ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, onde uma adolescente de 13 anos relatou ter conhecido, por meio do aplicativo de encontros Litmatch, um suposto adolescente que, na verdade, era o suspeito agora detido.

A abordagem da jovem começou com um contato pelo Instagram, onde, após algumas trocas de mensagens, ela foi convencida a enviar fotos e vídeos de cunho íntimo. Em seguida, sob ameaças, foi coagida a enviar mais arquivos. Essa estratégia manipuladora levou os investigadores a desmantelar o esquema criminoso.

O acusado deverá responder pelos crimes de extorsão e pelo armazenamento e disseminação de pornografia infantil. Caso seja condenado, ele poderá enfrentar uma pena que varia de sete a 16 anos de reclusão. A operação reforça a importância da vigilância e da educação digital, especialmente entre adolescentes, para previr e combater a exploração e crimes dessa natureza.

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