O governador Paulo Dantas tem participado pessoalmente das reuniões com os representantes dos servidores, buscando avançar na resolução das reivindicações. O secretário de Planejamento de Alagoas, Gabriel Albino, afirmou que o governo não parou de negociar e buscar soluções que respeitem a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele ressaltou que o Estado não quer voltar à situação de salários atrasados, e está trabalhando dentro dos limites financeiros e legais.
Entre as medidas apresentadas pelo governo estão a progressão salarial e ampliação de carga horária, além de um acordo para o pagamento das férias no início de janeiro de cada ano. Albino destacou que o governo já realizou o pagamento da primeira parcela do acordo neste mês, e que a pauta apresentada ao Sinteal oferece benefícios que representam um reajuste indireto para a maioria da categoria. Ele informou que, somente no primeiro semestre, 2.791 processos para aumento de carga horária foram validados e 10.775 pagamentos de férias foram efetuados.
Além disso, foi proposta uma gratificação aos coordenadores pedagógicos e a revisão da legislação para aumentar o valor da gratificação de difícil acesso. Todos os profissionais terão direito a receber os valores retroativos. O auxílio deslocamento também será estudado, levando em consideração as condições de acesso às escolas da rede estadual de ensino.
O governo também instituiu um grupo de trabalho para revisar o Plano de Cargos e Carreira da Educação e discutir a realização de um concurso público na área. A Secretaria de Educação já está analisando a possibilidade de aumento de carga horária para os servidores administrativos.
O secretário de Educação, Marcius Beltrão, enfatizou o compromisso do governador com a Educação e reconheceu o empenho e dedicação dos professores e servidores. Ele afirmou que quase todas as demandas apresentadas pelo Sinteal foram acolhidas e que o governo está comprometido em valorizar a categoria.
Com essas propostas, o governo espera chegar a um acordo com o Sinteal e encerrar a paralisação, retomando as atividades regulares das escolas estaduais. O diálogo entre as partes tem sido considerado fundamental para alcançar uma solução que atenda às necessidades dos servidores, sem comprometer as finanças do Estado.