ALAGOAS – Governo de Alagoas discute reforma agrária com Incra e movimentos sociais para beneficiar 5 mil famílias acampadas em terras de usinas falidas.



Nesta quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025, no Palácio República dos Palmares, localizado em Maceió, ocorreu um importante encontro entre representantes do Governo de Alagoas, movimentos sociais de luta agrária e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A reunião, mediada pelo governo estadual, teve como objetivo discutir o andamento das ações de reforma agrária nas terras das falidas usinas Laginha e Guaxuma.

O evento contou com a participação significativa de figuras importantes na luta pela reforma agrária, como Carolina Morishita, diretora da Câmara Nacional de Conciliação Agrária, que destacou o compromisso do Governo Federal em destinar as terras ocupadas para a reforma agrária. Ela afirmou que o diálogo com os movimentos reforça a continuidade de uma história de lutas, fortalecendo parcerias essenciais para os encaminhamentos futuros. Atualmente, cerca de 5 mil famílias estão acampadas em propriedades rurais nos municípios de União dos Palmares e Coruripe, aguardando uma solução definitiva.

Entre os participantes estavam também o diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva, e o superintendente do Incra em Alagoas, Júnior Rodrigues do Nascimento. Débora Nunes, coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), reiterou a disposição das organizações em lutar para que as terras se transformem em assentamentos produtivos, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do estado.

Em nome do Governo de Alagoas, Jaime Silva classificou a reforma agrária como uma “necessidade social”, reforçando a urgência de um entendimento entre todas as partes envolvidas, especialmente diante da problemática das reintegrações de posse. Ele enfatizou que o governador Paulo Dantas está comprometido com o diálogo construtivo e colaborativo, visando garantir a dignidade das famílias acampadas.

O encontro também reuniu lideranças de diversas organizações sociais, incluindo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Lutas (FNL), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Social de Luta (MSL), entre outros. A presença de tantas entidades demonstra a importância e a abrangência do tema, que continua a ser uma prioridade para os movimentos sociais e para o governo estadual.

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