A mãe do garoto, Janaína da Silva Rocha, de 28 anos, compartilhou seu pesadelo. “Eu estava em casa quando a minha irmã apareceu com ele no colo, tremendo de medo. No começo pensei que ele tivesse levado um choque, mas logo entendi que as bombas tinham estourado no bolso dele”. A cena foi tão impactante que vizinhos relataram o som das explosões como tiros, tornando impossível a remoção do short no local.
A criança foi socorrida rapidamente e, após atendimento inicial na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), transferida para o setor especializado em queimaduras do HGE, que possui infraestrutura para cuidar de ferimentos de média e alta complexidade. Conforme descreveu a cirurgiã plástica Anna Lima, o garoto sofreu queimaduras de segundo grau, tanto profundas quanto superficiais, em áreas sensíveis como a região inguinal e a coxa superior.
Após um desbridamento cirúrgico e enxertos cutâneos, a recuperação do menino no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) está progredindo bem, sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar. A médica Anna Lima alertou para o perigo do manuseio desses explosivos e ofereceu orientações valiosas para casos de emergência: “Em casa, use apenas água em temperatura ambiente ou ligeiramente fria, e nunca tente retirar tecidos aderidos à pele. A ajuda médica deve ser imediata, e o Samu pode ser chamado para auxílio”.
O caso serve como um lembrete trágico da importância da supervisão adulta e da cautela em atividades que envolvem crianças e artefatos potencialmente perigosos, destacando a necessidade de educação e conscientização para prevenir ocorrências semelhantes.