A campanha, iniciada no início do mês de agosto, visa conscientizar e sensibilizar a população sobre os diversos tipos de violência perpetrados contra as mulheres, além de empoderá-las quanto aos seus direitos. Lília Aguiar, gerente de Valorização de Pessoas da Fapeal, enfatizou a necessidade de discutir esse tema em todos os ambientes. “Todos nós precisamos agir como vetores contra a violência contra a mulher. E para isso, a gente precisa ter conhecimento das estatísticas, dos motivos e dos caminhos que levam a essa situação, para poder agir de forma eficaz”, destacou Aguiar.
A ação não se limitou apenas ao público feminino. Lília ressaltou a importância de envolver os homens nesse processo de conscientização. “Essa informação deve chegar também ao público masculino para que se comece a criar uma cultura de prevenção e de proteção à mulher. E essa cultura de proteção começa, em primeiro lugar, com os homens”, salientou.
A gerente apontou ainda a necessidade de veicular esse tipo de conteúdo em variados espaços, desde o ambiente familiar e escolar até os locais de trabalho. “Informações sobre a violência contra a mulher precisam ser disseminadas amplamente. Essa conscientização não só alcança os funcionários, mas pode ser transportada para suas famílias, ampliando ainda mais o alcance da campanha”, concluiu.
Vale lembrar que a campanha Agosto Lilás foi oficializada há dois anos, com a sanção da Lei nº 14.448/2022, que estabelece agosto como o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A iniciativa é realizada anualmente em referência à Lei Maria da Penha, instituída em 7 de agosto de 2006. Essa legislação se consolidou como um dos principais mecanismos de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.
Além de tipificar as situações de violência doméstica, a Lei Maria da Penha proíbe a aplicação de penas pecuniárias aos agressores, amplia a pena de 1 a 3 anos de prisão e obriga o encaminhamento das mulheres em situação de violência e seus dependentes a programas e serviços de proteção e assistência social. Todo esse aparato legal e institucional reforça a importância de campanhas como o Agosto Lilás para transformar a realidade de muitas mulheres no Brasil.
