Alagoas, por sua vez, escapa dessa lista desfavorável unicamente por conta do CRB. O cenário poderia ter sido diferente, uma vez que o CSA foi rebaixado e o ASA teve a oportunidade de garantir sua presença no cenário nacional, mas acabou sucumbindo diante do Maranhão Atlético em um confronto decisivo. Com isso, Alagoas vê sua representação na elite do futebol brasileiro reduzida a um único clube, o CRB.
A disparidade entre os clubes nordestinos é notável. A Bahia mantém dois grandes clubes, o Bahia e o Vitória, enquanto Pernambuco conta com três — Sport, Náutico e Santa Cruz. O Ceará se destaca com três representantes também, sendo eles Fortaleza, Ceará e Floresta, enquanto Sergipe possui dois clubes. Maranhão e Paraíba têm apenas um representante cada — Maranhão Atlético Clube e Botafogo-PB, respectivamente. A situação de Alagoas, com o CRB como único representante, é alarmante, especialmente ao compará-la com os estados vizinhos, que dispõem de múltiplas bandeiras.
Essa realidade impõe um recado contundente para Alagoas: a presença de apenas um clube não é suficiente para garantir a relevância do estado no panorama do futebol nacional. O ASA, apesar de ter mostrado evolução, falhou em momentos cruciais, e o CSA, que iniciou com grandes expectativas, teve um desempenho insatisfatório. É evidente que o futuro do futebol alagoano demanda mais do que talentos eventuais; é necessário estabelecer uma gestão eficiente, formar elencos competitivos e implementar projetos sustentáveis a longo prazo.
O cenário projetado para 2026 deve servir como um alerta para todas as partes interessadas no desenvolvimento do futebol em Alagoas. O CRB, embora mantenha a bandeira do estado acesa, não pode continuar sozinho. A busca por mais clubes e uma cultura esportiva robusta é crucial para evitar que o futebol alagoano fique à margem no contexto nacional.