ALAGOAS – “Fevereiro Laranja: Hemoal Incentiva Cadastro de Doadores de Medula para Combate à Leucemia em Alagoas”

O mês de fevereiro, conhecido como Fevereiro Laranja, marca uma campanha essencial de conscientização e mobilização em torno do combate e tratamento da leucemia no Brasil, uma doença hematológica que afeta principalmente o sangue e cuja cura muitas vezes depende de transplantes de medula óssea. No estado de Alagoas, essa iniciativa ganha forte apoio por meio das atividades promovidas pelo Hemocentro de Alagoas (Hemoal), que visa aumentar significativamente o número de doadores voluntários de medula óssea, um gesto que pode salvar vidas.

Atualmente, o Hemoal contabiliza 64.613 registros de doadores no estado, um número que ainda precisa crescer para aumentar as chances de compatibilidade genética, um desafio em um país de vasta miscigenação como o Brasil. A hematologista do Hemoal, Verônica Guedes, destaca a complexidade da compatibilidade genética, enfatizando que para cada 100 mil possíveis doadores registrados, apenas um pode ser compatível com um receptor. Ela explica que o procedimento de doação é simples e que, após 48 horas, o doador pode retomar suas atividades normais.

A jornada para se tornar um doador começa com critérios como ter entre 18 e 35 anos, boas condições de saúde, e comparecer a uma unidade do Hemoal em Arapiraca ou Maceió com documentos básicos. Ali, o voluntário preenche um formulário e doa uma pequena amostra de sangue para análise genética. Caso haja compatibilidade com um receptor, o potencial doador passa por exames adicionais antes do transplante.

Histórias como a de Raphael de Oliveira, que salvou a vida de uma paciente chamada Alice, demonstram o impacto desse gesto altruísta. Alice, diagnosticada com leucemia, recebeu a medula de Raphael em 2021, renovando sua esperança e vitalidade.

Do mesmo modo, a jovem Melissa Luna, de apenas 12 anos, diagnosticada com Leucemia Linfóide Aguda, encontrou sua cura graças a uma doadora canadense de 20 anos. A mãe de Melissa, Josiane Luna, descreve a experiência como uma transformação, destacando a importância das campanhas de doação.

Esses relatos reforçam a mensagem do Fevereiro Laranja: cada pessoa tem o poder de fazer a diferença e, em muitos casos, de ser a diferença entre vida e morte para alguém necessitado de um transplante. A campanha continua em busca de mais voluntários, na esperança de ampliar a rede de solidariedade e salvar mais vidas.

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