De acordo com o anúncio, a Fapeal irá disponibilizar R$150 mil para até três projetos, totalizando R$400 mil em financiamento, com a inclusão de mais R$250 mil liberados pelo Governo Federal. O prazo de execução dos projetos será de 36 meses.
A Amazônia+10 é liderada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti). A ideia é promover a realização de expedições científicas multidisciplinares na região da Amazônia, visando a ampliação do conhecimento da diversidade sociocultural dos povos tradicionais da área.
A chamada, que conta com um investimento total de R$59,2 milhões, prevê a inclusão na equipe de pesquisa de pelo menos um integrante PIQCT (Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais), detentor do conhecimento tradicional relacionado ao território a ser estudado.
A Amazônia é uma das maiores e mais preservadas florestas do mundo, no entanto, ainda é pouco conhecida em termos biológicos. A sua vastidão, diversidade e limitações de acesso tornam desafiadora a tarefa de documentar a biodiversidade local.
Além disso, o edital também pretende apoiar expedições voltadas a ampliar o conhecimento da diversidade sociocultural dos povos tradicionais da Amazônia, financiando pesquisas sobre o patrimônio material e imaterial de povos ancestrais, indígenas e tradicionais, documentação de línguas indígenas e sistemas de conhecimento associados, e a relação entre dinâmicas territoriais de povos tradicionais com o uso sustentável dos recursos naturais da floresta.
Os projetos submetidos à avaliação devem contar com pesquisadores responsáveis de pelo menos dois dos 19 estados cujas FAPs aderiram à chamada, sendo que um deles deve, obrigatoriamente, estar vinculado a instituições com sede nos estados da Amazônia Legal.
A chamada completa pode ser acessada no site da Fapeal para mais informações sobre os critérios e requisitos para submissão de propostas.