O doador, um homem de 67 anos, teve a morte encefálica diagnosticada, condição que se caracteriza pela perda irreversível das funções cerebrais. O protocolo para confirmar a morte encefálica é rigoroso, envolvendo exames clínicos e testes específicos que asseguram a ausência de atividade neurológica. Apesar da tristeza da situação, a família encontrou forças para transformar a dor em um ato de generosidade, permitindo que os rins fossem captados e oferecidos para transplante.
Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, destacou o gesto da família. “Embora a perda seja dolorosa, a autorização para a doação de órgãos é uma oportunidade de salvar outras vidas”, afirmou ela, ressaltando a importância de cada doação.
Atualmente, em Alagoas, a espera por órgãos é uma realidade para 636 pessoas. Dentre elas, 595 aguardam córneas, 32 precisam de rins, oito de fígado e uma de coração. O programa Alagoas Transplanta, coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), tem se empenhado na realização desses procedimentos essenciais para pacientes do Sistema Único de Saúde, proporcionando a chance de uma nova vida.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, reconheceu a importância dos doadores e do programa como um marco para a saúde pública no estado. “Agradecemos às famílias que, em momentos de dor, escolhem ser a esperança de outras pessoas”, concluiu.
Essa história de solidariedade é um lembrete poderoso sobre o impacto positivo que a doação de órgãos pode ter, incentivando cada vez mais pessoas a considerarem essa possibilidade.
