Ana Paula Amorim, irmã da doadora, destacou o acolhimento recebido pela equipe da Central de Transplantes de Alagoas. “Foi tudo muito de repente, mas fomos muito bem acolhidos nesse momento de grande dor. O ciclo dela se fechou aqui, e a gente sabe que têm pessoas que estão necessitando de transplante. Então, se a gente pode, por que não doar amor ao próximo?”, refletiu Ana Paula, evidenciando o impacto positivo dessa ação em meio ao luto.
Conforme dados da Central de Transplantes de Alagoas, 521 pessoas ainda estavam na lista de espera até dezembro de 2024. Deste total, 510 aguardam por córneas, seis por um rim, quatro por fígado e uma por coração. A coordenadora da central, Daniela Ramos, enfatiza a importância da conscientização sobre a doação de órgãos. “É seguro, eficiente e comprova que a morte pode significar vida para outras pessoas”, afirma.
Para ser um doador, não é necessário nenhum documento específico. Basta que a família autorize o procedimento, conforme orienta a Lei nº 10.211. Esse gesto de generosidade pode ser realizado após avaliação de uma equipe especializada e com a autorização de um parente de primeiro grau, como irmão, pai ou mãe, além da presença de duas testemunhas. A doação de órgãos possibilita que, mesmo na perda, vidas possam ser transformadas.
