A supervisora de articulação intersetorial e monitoramento das violências, Laura Oliveira, destacou a importância deste trabalho não só para os profissionais da assistência, mas também para gestores e diretores das unidades de saúde. Segundo Oliveira, a qualificação contínua dos profissionais é essencial para garantir o atendimento integral e eficaz às vítimas, assegurando seus direitos e otimizando o fluxo de atendimento da RAV. Além disso, essa capacitação visa sensibilizar e preparar as equipes para lidarem com as complexidades inerentes aos casos de violência, promovendo um ambiente de atendimento mais seguro e acolhedor.
Pedro Santos, técnico de planejamento da RAV, salientou a relevância dessas ações dentro do planejamento estratégico da Rede, que visam à humanização do serviço prestado às vítimas. “Nossa intenção é padronizar a assistência de modo a não revitimizar as vítimas, fortalecendo o sistema de proteção e garantia de direitos”, afirmou Santos. Essa padronização passa pela disseminação das ações de qualificação nas dez regiões de saúde do estado, com uma atenção especial para hospitais regionais e UPAs. Dessa forma, além de aprimorar o serviço prestado, a RAV busca interiorizar seu alcance e oferecer uma resposta mais ágil e coordenada às demandas de violência.
Instituída pelo Decreto nº 89.437 em 28 de fevereiro de 2023, a RAV assenta-se sobre princípios intersetoriais, englobando ações de prevenção, identificação, assistência, monitoramento e avaliação de casos de violência contra populações vulneráveis. A atuação governamental no âmbito da RAV busca enfrentar a problemática da violência oferecendo acolhimento seguro, assistência qualificada e encaminhamentos necessários para assegurar os direitos fundamentais das vítimas. A Rede também se empenha em educar e orientar tanto a população quanto os profissionais sobre a prevenção e combate à violência, promovendo um ambiente mais seguro e informado.