Localizada no Complexo de Delegacias Especializadas (CODE), a delegacia tornou-se um bastião na luta contra a intolerância religiosa, racismo e outras formas de violência contra minorias. Com uma equipe multidisciplinar envolvendo policiais, psicólogos e assistentes sociais, a unidade simboliza um espaço seguro e respeitoso, especialmente para adeptos de religiões de matriz africana, frequentemente alvo de preconceito.
Mãe Nadja Cabral, Ekedy de Oxum e presidente da Undeke Alagoas, personifica a resistência de muitas vítimas. “Fui humilhada por usar um turbante. Minha religião não é moeda de troca”, desabafa. Sua história é uma das muitas que agora encontram acolhimento e justiça.
No aspecto educacional, o governo estadual intensifica esforços para prevenir e combater a desinformação religiosa. Essas iniciativas envolvem a Secretaria de Direitos Humanos e organizações civis em ações voltadas para educação e respeito.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Flávio Saraiva, enfatiza que a criação da delegacia vai além da estrutura policial; ela é um símbolo de coragem e proteção. Já Marcelo Nascimento, secretário de Direitos Humanos, declara que a delegacia é uma vitória para as religiões de matriz africana, garantindo liberdade de crença e um combate ativo ao preconceito.
Registrada pela Lei nº 7.716/1989, a intolerância religiosa é crime, e a nova delegacia assume um papel crucial na investigação e punição dos culpados, assegurando às vítimas um canal de denúncias eficiente e sigiloso. Alagoas demonstra firmeza na construção de uma sociedade mais inclusiva e respeitosa, onde a fé de cada cidadão é protegida por lei.









