Para a detecção da doença, os indivíduos devem buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, onde podem ser submetidos ao teste rápido molecular ou à baciloscopia. Os sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre no final do dia, sudorese noturna e perda de peso. A enfermeira Ednalva Araújo, do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, destaca a necessidade do diagnóstico precoce não só para o sucesso do tratamento, mas também para evitar a disseminação do bacilo. Assim que o tratamento é iniciado, já se observa uma redução significativa na transmissibilidade da doença.
Ednalva Araújo ressalta ainda o comprometimento com a continuidade do tratamento, que dura aproximadamente seis meses. Interromper este processo pode resultar no desenvolvimento de formas mais resistentes da doença, tornando o tratamento mais complexo e prolongado, podendo se estender por até 18 meses. Todo o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) através das UBSs, com o suporte técnico da Sesau.
Entre 2019 e 2023, Alagoas registrou uma taxa de mortalidade de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes devido à tuberculose. A média anual de novos casos foi de 1.025, reforçando a necessidade de intervenção contínua. Gustavo Pontes de Miranda, secretário estadual de Saúde, salienta que o combate à tuberculose é uma prioridade da gestão atual. Para ele, a tuberculose é também uma questão social, frequentemente ligada a condições de moradia inadequadas.
Diante deste cenário, a Sesau se compromete a investir no diagnóstico e tratamento oportuno, capacitando técnicos municipais para garantir uma atuação eficiente na Atenção Básica. Este compromisso é uma resposta direta à necessidade de abordar tanto os aspectos clínicos quanto sociais da tuberculose, promovendo um ambiente mais saudável e seguro para a população alagoana.