Nezinho destacou a tradição de reforma agrária natural de Arapiraca e alertou para o clima de tensão gerado entre os pequenos produtores rurais da região devido à ocupação. Segundo o deputado, a Fazenda Laranjal, com mais de 20 tarefas, é devidamente registrada e produtiva, cultivando milho, mandioca e fumo. Ele defendeu o respeito à legalidade e à segurança jurídica, apontando que a ação do MST não apenas cria insegurança entre os produtores, mas também viola o direito à propriedade. O Judiciário, segundo ele, confirmou a decisão de reintegração de posse tanto na primeira instância quanto no Tribunal de Justiça.
No debate, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) apresentou uma defesa ao MST, afirmando que o movimento promove a agricultura familiar e contribui para o abastecimento de instituições locais, como a Universidade Federal e escolas municipais. Entretanto, outros parlamentares como Cabo Bebeto (PL) e Cibele Moura (MDB) apoiaram Nezinho, criticando as invasões e ressaltando que ações desse tipo são ilegais e sujeitas a penalidades, conforme legislação estadual.
A tensão entre a proteção dos direitos de propriedade e as reivindicações de grupos por reforma agrária coloca em evidência um debate sobre terras produtivas e a legalidade das ações do MST em situações como a da Fazenda Laranjal.