A marcha, intitulada “Pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”, teve a adesão da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em parceria com as 27 federações, sindicatos e outras entidades. Durante o evento, foi anunciado que Margarida Alves, uma das vítimas da violência no campo, será considerada uma heroína nacional a partir deste ano.
A caminhada teve início no Pavilhão do Parque da Cidade e seguiu em direção à Esplanada dos Ministérios, onde mais de 100 mil pessoas, incluindo representantes de 33 países, se reuniram para ouvir as respostas dos ministérios brasileiros em um encontro com o presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Ao final do evento, o presidente assinou decretos que visam promover a garantia de quintais produtivos para estimular a alimentação saudável e a segurança alimentar, incentivar a agroecologia, implementar a reforma agrária, prevenir o feminicídio, incentivar a juventude e a sucessão rural, entre outras medidas voltadas para a melhoria de vida das mulheres. Lula também destacou os programas que já estão em execução e valorizam as mulheres do campo, da cidade, das águas e das florestas.
A secretária de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag/AL), Raquel Braz, que esteve à frente da organização da delegação alagoana, agradeceu o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Seagri). Segundo ela, a Marcha das Margaridas é a maior ação em massa de mulheres e tem trazido resultados desde sua primeira edição, em 2000.
A Marcha das Margaridas representa uma oportunidade para garantir as demandas femininas do campo, da cidade, das florestas e das águas. Ao longo dos anos, os atos promovidos pela Contag, em parceria com federações, sindicatos e entidades representativas das agricultoras, têm conquistado direitos e transformado a vida das mulheres.
A participação da delegação alagoana na Marcha das Margaridas em Brasília demonstra a força e a união das mulheres do campo em busca de melhores condições de vida e de trabalho. A mobilização reforça a importância de políticas públicas que promovam a inclusão econômica e produtiva, a garantia de direitos iguais e o combate à violência no campo.