A secretária da Primeira Infância de Alagoas, Caroline Leite, salientou a importância da iniciativa para a proteção das crianças. “É muito gratificante receber esses dados alcançados pelo Creche Segura, porque eles simbolizam que nosso trabalho está sendo realizado de forma bem feita, com compromisso e determinação na valorização da primeira infância. Além disso, trabalhamos em várias frentes, junto a outras secretarias e órgãos públicos. Nesse projeto em específico, temos uma grande parceria com o Corpo de Bombeiros e o Samu”, afirmou Leite.
Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros de Alagoas, Anibal Junior, que participa ativamente das capacitações, a formação contínua dos servidores é fundamental para garantir um ambiente seguro. “Semanalmente, nós estamos visitando as creches municipais para levar formação e capacitar os servidores que estão lidando todos os dias com crianças. Com foco em primeiros socorros, ensinamos os princípios básicos, como lidar com engasgos, choques, etc. Ensinamos eles também a manobrar os extintores. Muitos não sabiam como usar os aparelhos, então precisam passar por essa capacitação. Os dados refletem um trabalho bem feito”, diz o tenente.
Em 2024, as ações expandiram-se para incluir municípios como Jacuípe, Jundiá, Porto Calvo, Flexeiras, Messias, entre outros, demonstrando a abrangência e o compromisso do projeto com a segurança infantil.
Beatriz Santana, coordenadora do Samu Maceió, destacou a contribuição diversificada de profissionais no projeto, que garante uma capacitação mais ampla e eficaz. “Nosso Núcleo de Educação Permanente (Nep) tem contribuído, efetivamente, através de nossos instrutores médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, para que o pessoal que trabalha nas creches se capacite sobre os primeiros socorros e possa ajudar os socorristas a salvar mais vidas, porque esse é o nosso objetivo maior”, afirmou Santana.
O Projeto Creche Segura também cumpre uma exigência da Lei 13.722/2018, conhecida como Lei Lucas, que obriga a capacitação de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino da Educação Básica e de recreação infantil. A lei foi uma resposta à trágica morte de Lucas Begalli, um estudante de 10 anos que faleceu após se engasgar com um pedaço de salsicha durante um passeio escolar.
A iniciativa representa um avanço significativo na formação dos profissionais de educação infantil e na garantia de um ambiente mais seguro para as crianças, demonstrando um compromisso contínuo com a proteção e a qualidade do atendimento nas creches alagoanas.