ALAGOAS – Comitê do Sertão do São Francisco Renova Diretoria e Aposta em Gestão Participativa das Águas

Em um movimento que reforça a gestão participativa dos recursos hídricos, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) realizou, na última terça-feira, a eleição que renovou o Comitê de Bacia da Região Hidrográfica do Sertão do São Francisco (CBRHSSF). O pleito escolheu 40 membros titulares, cada um acompanhado de um suplente, através de uma votação segmentada: 20 cadeiras foram reservadas para representantes do poder público, 10 para a sociedade civil e as comunidades locais, e 10 para usuários de água.

Após a definição dos representantes de cada segmento, os novos membros elegeram a diretoria que liderará o comitê no mandato vindouro. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Judson Cabral, a escolha dos novos integrantes não é apenas uma formalidade administrativa. Ele enfatizou que este processo é um avanço na governança hídrica da região, possibilitando uma gestão mais sustentável dos recursos, com foco no abastecimento humano e na preservação da caatinga.

A composição tripartite do comitê, conforme as diretrizes de governança, assegura a participação contínua das três instituições com cadeiras fixas: a própria Semarh, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto do Meio Ambiente (IMA). O setor da sociedade civil, por sua vez, elegeu 10 representantes, incluindo a presença de uma cadeira federal ligada a outro comitê de bacia. O segmento de usuários também conta com 10 representantes titulares. Essa estrutura complexa visa garantir que os processos decisórios sejam amplamente discutidos e que cada voz tenha sua devida representatividade.

O novo presidente do comitê é Reginaldo Silva de Souza, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Inhapi, com Fábia Vieira Silva, de Olivença, como vice, e Marluce Maria da Silva Mdella na secretaria. Os próximos passos incluem a posse dos eleitos, a formação de câmaras técnicas e a elaboração de um plano de trabalho para os próximos dois anos. Com a Semarh atuando como secretaria técnica, a expectativa é que essas ações impulsem uma gestão integrada e eficiente dos recursos hídricos.

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