A leptospirose é transmitida, principalmente, pelo contato com a urina de animais como ratos, prevalentes em ambientes sem controle de entulhos e lixos. A doença, cujo período de incubação varia de 1 a 30 dias, manifesta sintomas como febre alta, dores musculares severas, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, e em casos mais graves, pode levar a complicações fatais como hemorragia pulmonar ou insuficiência renal. Dados do Ministério da Saúde indicam uma taxa de letalidade que pode chegar a 40% em casos graves.
Diante desse quadro, a Sesau alerta para medidas de prevenção essenciais: evitar ao máximo o contato com água de enchentes e, se inevitável, usar proteção como luvas e botas de borracha. A população é orientada a manter seus ambientes limpos e seguros contra roedores, evitando o acúmulo de detritos e armazenando lixo adequadamente, conforme orientado pela superintendente Waldinéa Silva.
Além disso, cuidados especiais são direcionados às equipes de limpeza urbana que devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para evitar contágios. A Sesau, em resposta à situação, reforça seu compromisso com ações de vigilância e controle, enfatizando a importância do diagnóstico precoce para salvar vidas.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, reforça a gravidade da situação, lembrando que durante enchentes, é frequente o contato com água contaminada. “A atenção aos sintomas da leptospirose e a busca imediata por atendimento médico são medidas essenciais para evitar complicações”, sublinha Gustavo Pontes.
Em 2023, Alagoas registrou 56 casos confirmados de leptospirose, e 40 casos no ano anterior. Nenhum caso foi registrado em janeiro deste ano, mas o alerta permanece para governos municipais disseminarem informações necessárias à população sobre prevenção e controle da doença, especialmente durante a temporada de chuvas.