Apelidado de macaco-roncador devido ao som característico que emite, o bugio foi prontamente transferido para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, localizado na capital Maceió. Uma avaliação preliminar conduzida pela equipe do centro indicou que o animal estava em ótimas condições de saúde, não apresentando sinais de ferimentos ou estresse significativo.
Com o diagnóstico positivo em mãos, os biólogos do Ibama seguiram o rigoroso protocolo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas do Nordeste. O próximo passo na jornada do bugio rumo à liberdade foi sua transferência para um recinto de aclimatação no sul do Estado de Alagoas. Nessa fase, o macaco receberá cuidados específicos que visam preparar sua readaptação ao habitat natural.
A história do bugio de Satuba nos lembra da complexa interação entre comunidades humanas e a fauna local, destacando a importância de ações coordenadas entre órgãos ambientais para garantir a segurança tanto dos moradores quanto dos animais. O trabalho conjunto do IMA-AL e do Ibama exemplifica como a colaboração pode resultar em soluções eficazes, respeitando as necessidades de todos os envolvidos, sejam eles humanos ou primatas. Enquanto isso, os habitantes de Lindoia retornam à rotina habitual, mas agora com um novo reconhecimento da rica biodiversidade que os cerca.