Durante o evento, os participantes tiveram acesso a materiais e dispositivos da iniciativa TECHansen, promovida pelo Instituto Aliança contra Hanseníase. A proposta é melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiências físicas decorrentes da doença. O curso abrangeu profissionais de diversas cidades alagoanas, como Arapiraca, Atalaia e Maragogi, entre outras.
Ana Patrícia Barros, enfermeira do Programa Estadual de Combate à Hanseníase, destacou que o curso visa preparar profissionais de Unidades Básicas de Saúde para identificar e tratar pacientes que precisam de adaptações, como órteses, para atividades do cotidiano. As atividades do treinamento incluíram tanto teoria quanto prática, com foco em avaliações neurológicas simplificadas para identificar graus de incapacidade.
Sob a coordenação do Dr. Maurício Nobre, especialista em dermatologia e consultor do Ministério da Saúde, o curso enfatizou a importância do diagnóstico precoce para evitar complicações. Segundo ele, órteses são adaptações que ajudam a recuperar habilidades perdidas, permitindo que pacientes realizem atividades simples do dia a dia, como segurar utensílios.
A hanseníase, uma doença infecciosa que afeta nervos e pele, continua sendo preocupação em Alagoas, com 319 casos registrados em 2024. Os sinais incluem manchas na pele, formigamento e perda de sensibilidade. O evento ressaltou a importância de ações contínuas para enfrentar a doença e melhorar a vida dos afetados.