Para enriquecer o roteiro, Diegues contou com a colaboração do amigo e escritor Carlito Lima. Juntos, exploraram novas ideias e personagens, destacando o trabalho em equipe que perdura desde a juventude. O filme de 2003 pintava um Brasil feliz, forte economicamente e orgulhoso do seu status como o País do Futebol. Contudo, os eventos que se seguiram, especialmente a acachapante derrota por 7 a 1 para a Alemanha na Copa, foram o prenúncio de tempos difíceis. “De repente, ficou todo mundo triste, desempregado, sem dinheiro”, comenta o diretor, referindo-se à transformação do cenário nacional.
“Deus ainda é Brasileiro” visa captar essa transição, explorando a sátira em uma “comédia cívica”. Diegues sublinha que, apesar das adversidades enfrentadas pelo país, Deus não desistiu do Brasil, assim como ele próprio mantém a esperança. “É meu interesse pelo Brasil, minha vontade de que o país dê certo”, afirma. Com a expectativa de mais um sucesso, o cineasta mantém sua assinatura autoral, revelando os meandros da alma brasileira por meio da lente cinematográfica.