A história do Bloco Vulcão remonta a 1936, quando um grupo de músicos da Polícia Militar, animados por uma paixão contagiante pelo carnaval, decidiu criar uma marchinha que se tornaria um hino de celebração e alegria. Na época, a foliã “Vulcão em Chamas” deu início a uma tradição que, ano após ano, arrasta multidões pelas ruas de Maceió, embalando as festividades carnavalescas com sua energia marcante.
Em 2025, 16 músicos da Polícia Militar estão preparando um espetáculo especial com instrumentos de sopro e percussão, prometendo fazer vibrar o coração de todos que se juntarem à festa. O público cativo inclui não apenas policiais militares e suas famílias, mas também admiradores da Banda de Música e a sociedade alagoana como um todo. Blocos regionais, como o “Mandacaru”, de Arapiraca, e o “Carcará na Folia”, de Santana do Ipanema, também se farão presentes, fortalecendo a integração e o espírito comunitário.
O desfile do Bloco Vulcão é mais do que uma festa; é um ponto de encontro para amigos e veteranos da Polícia Militar, que encontram nessa tradição uma forma especial de celebrar sua história e serviço. Grupos como os veteranos do Curso de Soldados de 1991 fazem questão de participar, mantendo viva não apenas a memória do bloco, mas também das estreitas amizades e do compromisso conjunto com a segurança pública.
Além de uma celebração vibrante e colorida, a tradição é enriquecida pelo legado histórico do bloco. Desde as primeiras décadas do século XX, quando os policiais militares alagoanos criaram o bloco para poder participar do carnaval, até as adaptações e suspensões ao longo dos anos, como nos períodos entre 1940-1947 e 1958, a história do Bloco Vulcão é marcada por resiliência e renovação. Em 1974, um novo hino intitulado “Toque de Reunir”, composto pelo radialista Edécio Lopes, redefiniu a trilha sonora do bloco, que aos poucos reconquistou o fervor da população, solidificando seu lugar na cultura local.
Para os participantes, como o professor Eraldo Ferraz, que há mais de uma década ostenta com orgulho o estandarte do Bloco Vulcão, a festa é uma representação encapsulada do carnaval em sua essência: música, dança, cores e alegria. À frente do bloco este ano, Ferraz promete, mais uma vez, liderar o desfile com entusiasmo e uma fantasia branca, simbolizando a paz que se celebra e deseja perpetuar.
Para aqueles que ainda desejam fazer parte dessa história, ainda restam algumas das quase 2.000 camisetas, as quais serão vendidas até esta sexta-feira, dia 21, na Academia de Polícia Militar. As vendas ocorrem sob a categoria socioeconômica, com o valor revertido para ações beneficentes. Dessa forma, o Bloco Vulcão não só continua escrevendo capítulos de vitalidade cultural em Alagoas, como também amplia seu impacto social, unindo e beneficiando sua comunidade na alegria e solidariedade do carnaval.