O teste da orelhinha, procedimento essencial realizado entre o segundo e o terceiro dia de vida do bebê, é rápido, indolor e sem contraindicações. Na MESM, este exame crucial é realizado por profissionais habilitados, com uso de um estímulo sonoro e a posterior captação do retorno através de uma sonda inserida na orelha do recém-nascido. Luciana Castelo Branco, fonoaudióloga e professora na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), destaca que o teste é a primeira linha de defesa contra dificuldades auditivas não diagnosticadas. Caso o bebê não seja aprovado no teste inicial, ele é submetido a exames complementares na própria Uncisal para identificar a natureza do problema.
O programa também compreende um reteste para os prematuros, caso o primeiro exame mostre falhas. Aqueles que passam pelo teste, mas apresentam indicadores de risco, continuam sob vigilância no projeto de monitoramento auditivo da Uncisal. Este acompanhamento visa garantir que, mesmo os que inicialmente não demonstram problemas, sejam monitorados para prevenir perdas auditivas tardias ou atrasos no desenvolvimento auditivo.
O teste da orelhinha é regulamentado pela Lei Federal nº 12.303/2010, que o torna obrigatório antes da alta hospitalar. A sua aplicação precoce, muitas vezes já com o bebê dormindo, reduz significativamente riscos futuros de surdez, que podem ser causados por fatores variados, incluindo genéticos, viroses ou uso de medicamentos. É uma ação com potencial de mudar vidas, assegurando que os pequenos tenham o melhor início possível para um desenvolvimento saudável e pleno.
Com um programa de alta complexidade, a MESM e a Uncisal trabalham juntas para providenciar diagnósticos precisos, tratamentos eficazes e acompanhamento contínuo para aqueles que precisam. Esta iniciativa não só coloca em foco a saúde auditiva infantil, mas também destaca a importância dos cuidados adequados desde os primeiros dias de vida, garantindo que cada criança possa se desenvolver sem a barreira das dificuldades auditivas.
