Alagoas Avança na Agenda Climática com Criação de Fórum e Participação Indígena



Nesta terça-feira (30), foi realizada a primeira reunião ordinária do Fórum Alagoano de Mudanças Climáticas (FAMC) no auditório da Associação de Municípios Alagoanos (AMA). Este evento representa um marco significativo para a agenda climática do Estado de Alagoas, reunindo especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil com o objetivo de discutir e formular medidas essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Durante o encontro, Fabricy Carneiro, gerente de mudanças climáticas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), ressaltou a importância deste primeiro encontro do FAMC. Segundo Carneiro, a discussão e definição das câmaras técnicas e suas respectivas composições são passos fundamentais para coordenar e implementar ações de mitigação e adaptação de forma mais eficaz. Ele acredita que o esforço coletivo fortalecerá a capacidade do estado de enfrentar os desafios climáticos de maneira produtiva.

Um dos principais pontos da reunião foi a apresentação da minuta do regimento interno do Fórum, que foi submetida à análise, discussão e votação. Este regimento é crucial para assegurar a transparência e a eficácia das ações propostas pelo FAMC. Além disso, foram estabelecidas as composições e atribuições dos grupos responsáveis por diferentes áreas temáticas que compõem as câmaras técnicas.

Essas câmaras técnicas desempenharão um papel estratégico na formulação de políticas públicas e no monitoramento das ações climáticas. Compostas por especialistas e agentes de vários setores, essas câmaras garantirão que as decisões sejam baseadas nas melhores práticas e no conhecimento compartilhado. As áreas de atuação abrangem a implementação de políticas climáticas, adaptação e infraestrutura verde, educação ambiental, florestas e biodiversidade, recursos hídricos, economia circular e gestão de resíduos sólidos, e justiça climática. Também foi sugerida a criação de uma câmara focada na inclusão dos povos originários.

Rilmara Correia, cacique e representante dos povos indígenas no fórum, destacou a importância da presença indígena nas discussões sobre mudanças climáticas. Ela frisou que a relação dos povos indígenas com a terra, a sustentabilidade e o equilíbrio ambiental é intrínseca às suas vivências. Correia mencionou que menos de 1% do território indígena no Brasil é degradado, e esse resultado não é fruto das ações desses povos. Portanto, a inclusão da perspectiva indígena no debate é essencial para reconhecer e valorizar seus conhecimentos tradicionais no enfrentamento das mudanças climáticas.

A oficialização do FAMC e a realização de sua primeira reunião deixam claro o compromisso do Governo de Alagoas com uma abordagem proativa e colaborativa na luta contra as mudanças climáticas. A Semarh continuará liderando esforços para mobilizar a sociedade, fomentar a gestão empresarial sustentável e promover ações que contribuam para um futuro mais resiliente para o estado.

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