ALAGOAS – “Assessor de Imprensa de Alagoas Lança Livro que Propõe Revisão Histórica e Coletiva no Museu Floriano Peixoto”

No próximo dia 17 de julho, o Museu Palácio Floriano Peixoto, em Maceió, será palco do lançamento do livro “O Mar Salva Mas Afoga”. Assinado pelo jornalista e assessor de imprensa da Vice-Governadoria de Alagoas, Alexandre Câmara, a obra mergulha em uma análise densa do legado colonial. Ao longo de seis capítulos, ou “marés”, o autor convida os leitores a uma jornada de memória e reconstrução, destacando a dualidade do mar que, ao mesmo tempo em que representou prosperidade para as economias europeias, também simbolizou a submersão de culturas originárias.

A temática do livro vai além de um simples balanço histórico, abordando as complexidades do presente e propondo caminhos alternativos para o futuro. Alexandre Câmara apresenta “A Travessia”, capítulo que incita à união de forças progressistas como forma de resistência política concreta contra as desigualdades sociais contemporâneas, exacerbadas por novas tecnologias e algoritmos.

O vice-governador Ronaldo Lessa, na apresentação da obra, descreve-a como um retorno às raízes essenciais, pautando-se por afeto, justiça social e respeito à memória ancestral. A edição, limitada a 200 exemplares pela Editora CBA, conta com a produção de Sam Buarque e fotografia de Paulo Bezerra, sendo fruto de um projeto que alia profundidade poética e crítica social.

O lançamento marca a estreia impressa de Alexandre Câmara, que já publicou livros eletrônicos e foi reconhecido em concursos de poesia nos anos 90. A obra propõe um diálogo com o Sul Global, reverberando vozes que desafiam o apagamento histórico e incentivam a escuta atenta, refletindo influências de Ailton Krenak, Conceição Evaristo e Achille Mbembe.

A narrativa não oferece respostas fáceis e sua linguagem, marcada por rigor e fragmentação, desafia o leitor a uma presença ativa e engajada, reafirmando a função ancestral da poesia em preservar a memória e construir comunidade. O lançamento acontecerá às 15h, prometendo ser um marco na busca por histórias não contadas e um chamado à ação coletiva.

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