ALAGOAS –

Alagoas: Sesau intensifica monitoramento e prevenção da Febre do Oropouche após 19 casos confirmados



A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas continua vigilante e empenhada no monitoramento dos casos de Febre do Oropouche no estado. Juntamente com as Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) dos 102 municípios alagoanos, a Sesau está implementando uma série de medidas para mitigar os impactos da doença e orientar a população sobre as formas de prevenção.

A Febre do Oropouche é causada por um arbovírus pertencente ao gênero Orthobunyavirus e é transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim. Este inseto atua como vetor ao picar uma pessoa ou animal infectado, levando o vírus por alguns dias e posteriormente transmitindo-o a indivíduos saudáveis. Os sintomas da Febre do Oropouche são similares aos da dengue, incluindo dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.

Para enfrentar essa situação, a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Waldinea Silva, reforça a importância de medidas preventivas que a população pode adotar. “É crucial manter a limpeza das residências e eliminar possíveis criadouros de mosquitos, como locais com água parada e folhas acumuladas. Além disso, recomenda-se o uso de roupas que cubram a maior parte do corpo e a aplicação de repelente nas áreas expostas da pele”, orientou Waldinea.

Ela também destacou que evidências sugerem uma possibilidade significativa de transmissão do vírus da Febre do Oropouche de gestantes para fetos, o que pode resultar em perda do bebê. Assim, recomenda-se que mulheres grávidas adotem medidas adicionais de proteção, como portar redes de malha fina nas portas e janelas das residências e uso de mosquiteiros.

O cenário atual em Alagoas, de acordo com dados da Sesau, indica que até esta quinta-feira (8), foram confirmados 19 casos de Febre do Oropouche no estado. Entre os municípios mais afetados, Palmeira dos Índios lidera com 13 casos confirmados, seguido de Japaratinga com dois casos. Estrela de Alagoas, Messias, Tanque D’arca e Porto Calvo registraram um caso cada.

O processo de diagnóstico dos casos é realizado através de exame laboratorial no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). Utilizando a metodologia de RT-PCR em tempo real, os exames descartam outras doenças como dengue, zika e chikungunya, confirmando a presença do vírus da Febre do Oropouche. A Sesau e as SMSs continuam com investigações epidemiológicas rigorosas para determinar o local de origem de cada infecção, garantindo um monitoramento e controle eficaz da situação.

A atuação coordenada entre Sesau e municípios, aliada à cooperação da população nas medidas preventivas, é fundamental para controlar a disseminação da Febre do Oropouche em Alagoas.

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