A coleta acontecerá nos Institutos Médico Legal de Maceió e Arapiraca, com o objetivo de facilitar o cruzamento de dados biométricos, características físicas e informações civis. O delegado Ronilson Medeiros, coordenador de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil de Alagoas, destacou a importância desse chamamento. “Precisamos coletar DNA dos familiares para que, após as análises, os restos mortais identificados possam ser entregues às famílias, permitindo-lhes vivenciar um luto digno”, afirmou.
Dados do MJSP indicam que cerca de 60 mil pessoas desaparecem anualmente no Brasil, muitos casos prejudicados pela falta de uma base de dados nacional efetiva. A perita Bárbara Fonseca, chefe do laboratório forense de Maceió, enalteceu a integração dos bancos de dados como um marco na política de enfrentamento aos desaparecimentos. Essa ação não só avança tecnologicamente, mas também reflete um compromisso humanitário com famílias sofrendo pela ausência de seus entes queridos.
A mobilização anual busca resolver casos pendentes e representar um recomeço para aqueles que aguardam reencontros. Mais do que números, esta iniciativa trata de histórias e direitos básicos à identidade, ressaltando a urgência de encontrar aqueles que se perderam no caminho.