Parte expressiva dessas ocorrências foi verificada em balneários situados em áreas rurais, como açudes e barragens, frequentemente visitados para lazer, mas que carecem de infraestrutura e sinalização adequadas. Este aspecto contribui para os riscos associados a essas áreas, que acabam se destacando como as mais perigosas, com 31 mortes, acima dos registros em praias e rios.
O perfil das vítimas mostra uma predominância masculina, com 81 homens em contraste com 11 mulheres. O segmento adulto, de 20 a 59 anos, é o mais afetado, representando 60 dos óbitos totais. Entretanto, um dado preocupante envolve as crianças de até 11 anos, que foram todas as vítimas em incidentes de afogamento em piscinas. Isso reforça a necessidade de campanhas educativas sobre segurança em ambientes aquáticos, especialmente para esse público mais vulnerável.
Locais menos convencionais como caixas d’água também figuram entre os cenários de afogamento, indicando que a vigilância deve se expandir além das áreas de maior visibilidade, como praias e rios. O perito-geral adjunto, Wellington Melo, ressalta a importância das campanhas educativas e da fiscalização rigorosa para manter a tendência de queda nas estatísticas de afogamentos. Ele enfatiza que o esforço conjunto entre órgãos de prevenção e sociedade é vital para promover uma cultura de segurança nas águas, o que se reflete na diminuição histórica registrada no último ano. As ações devem ser intensificadas para preservar ainda mais vidas, sustentando e aprimorando as estratégias que têm produzido esses resultados promissores.