A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla de enfrentamento dos efeitos devastadores da seca, uma realidade reconhecida em 51 dos 102 municípios alagoanos situados no polígono da seca. Atualmente, Alagoas dispõe de 125 sistemas de dessalinização, produzindo cerca de 369 mil litros de água potável diariamente, beneficiando diretamente mais de 36 mil pessoas em 30 municípios. Estes sistemas são cruciais para amenizar os impactos da escassez prolongada de água e da desertificação, que são intensificados pelas mudanças climáticas em curso.
O secretário Gino César, ao comentar sobre o investimento, destacou a relevância de tal medida para a segurança hídrica local: “Esses R$ 10 milhões permitirão expandir os sistemas de dessalinização, garantindo água potável a comunidades que sofrem com a escassez hídrica. O apoio do Governo Federal, por meio do MIDR, é essencial para continuarmos avançando nesse instrumento que transforma a vida de milhares de alagoanos”, afirmou ele, sublinhando a importância da parceria com o governo federal.
Durante o encontro, que reuniu representantes do MIDR e de outras regiões do Nordeste e de Minas Gerais, foram discutidos os desafios e progressos no desenvolvimento e execução do programa. O evento incluiu visitas técnicas a sistemas instalados e mesas de diálogo que proporcionaram um espaço rico para troca de experiências e disseminação de boas práticas. A participação ativa de Alagoas reforça o compromisso em oferecer soluções sustentáveis e acessíveis para o acesso à água potável, crucial para a redução da vulnerabilidade das populações do semiárido.
O Programa Água Doce aparece como uma ilustração exemplar de como tecnologia e responsabilidade social podem combinar-se eficazmente para enfrentar os desafios climáticos e ambientais contemporâneos. Com a promessa de novos recursos, o governo alagoano está em posição de ampliar esse projeto essencial, trazendo melhorias tangíveis em dignidade e saúde para as comunidades mais necessitadas.
