O cenário da Aids em Alagoas, conforme revelado pelo Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN/MS), apresenta números preocupantes: 686 infecções por HIV registradas entre janeiro e outubro de 2024, um aumento em comparação com os 641 casos no mesmo período do ano anterior. Em 2023, o estado contabilizou um total de 759 casos novos. Para Aids, a doença propriamente dita, foram registrados 366 novos casos e 202 mortes em 2023, com uma contagem provisória de 224 casos e 130 óbitos nos primeiros dez meses de 2024.
Durante o evento, Cristina Raquel Tonial, enfermeira e representante do Programa Estadual de Controle do HIV/Aids, destacou a importância de abordar não apenas os aspectos médicos, mas também os sociais relacionados à doença. Ela enfatizou a necessidade de prevenção, oferecendo informações sobre profilaxia pré e pós-exposição ao HIV, além de incentivar o uso de medicações disponíveis.
Tonial realçou a importância de disseminar a prática de testes rápidos entre a população, um passo crucial na detecção precoce e tratamento eficiente do HIV. “Os testes rápidos estão acessíveis nas Unidades Básicas de Saúde e é fundamental que as pessoas os realizem a cada seis meses”, ela afirmou, sublinhando a simplicidade e a eficácia do procedimento.
Paralelamente, Lygia Antas, enfermeira e coordenadora da Assistência Especializada do Hospital Escola Hélvio Auto, pontuou a relevância da educação sobre a transmissão sexual do HIV, que reforça a necessidade do uso consistente de preservativos.
O secretário de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, afirmou o compromisso contínuo do governo em capacitar tecnicamente as equipes municipais, assegurando que as pessoas vivendo com HIV/Aids em Alagoas tenham acesso a profissionais bem treinados e ao suporte necessário. O workshop não foi apenas um marco na luta contra a Aids, mas também um chamado à ação por uma saúde pública mais informada e preparada.