A transferência teve autorização do Poder Judiciário com base em relatórios de inteligência que apontavam o envolvimento dos detentos em atividades ilícitas, mesmo dentro das instalações prisionais. A solicitação partiu da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que identificaram a periculosidade dos envolvidos e a necessidade de medidas mais rigorosas para controlar suas atividades.
Os líderes transferidos são acusados de coordenar operações criminosas como tráfico de drogas e homicídios, além de intimidar outros detentos e servidores públicos. A operação busca não apenas neutralizar a influência dessas lideranças dentro e fora dos presídios, mas também assegurar uma maior ordem e segurança no sistema prisional alagoano.
De acordo com o juiz Alexandre Machado, responsável pela Vara de Execuções Penais, a aplicação do RDD se justifica em casos onde a conduta dos apenados afeta a ordem dentro e fora das instituições carcerárias. O Regime Disciplinar Diferenciado prevê isolamento em celas individuais, restrições de visitas e rigoroso controle de comunicações, medidas que visam enfraquecer a atuação das facções criminosas.
O secretário de Ressocialização e Inclusão Social, Diego Teixeira, destacou a importância da Polícia Penal na condução de ações estratégicas para conter o crime organizado. A decisão de isolamento reforça, segundo ele, o compromisso do estado na luta contra a criminalidade, evitando que as prisões sirvam como bases operacionais para atividades ilícitas.
Flávio Saraiva, secretário de Segurança Pública, sublinhou que a operação representa um passo importante na manutenção da segurança em Alagoas, apontando para a eficácia de um trabalho integrado das forças de segurança. As ações visam garantir que a população alagoana viva em um ambiente mais seguro, tanto dentro quanto fora dos muros dos presídios.