A Imprensa Oficial Graciliano Ramos, crucial na preservação e disseminação cultural no estado, homenageia hoje este iconográfico escritor cujo nome ostenta desde o ano 2000. Originalmente fundada em 15 de janeiro de 1912 sob a denominação Companhia de Edição, Publicação e Impressão de Alagoas, a instituição surgiu com a intenção de publicar o Diário Oficial do Estado. Décadas depois, sua rebatização simboliza uma eterna deferência a Graciliano, que em 1930 e 1931, exerceu a função de diretor-presidente.
O atual diretor-presidente da Imprensa Oficial, Mauricio Bugarim, ressalta a solene responsabilidade de carregar o nome de Graciliano Ramos. “Ter em nosso acervo a máquina de escrever que Graciliano usava é uma inspiração diária para todos nós”, afirma ele, reforçando que a missão contínua é perpetuar a literatura alagoana e fazer jus ao legado deixado por Graciliano. A instituição, que já ultrapassou seu centenário, segue firme em seu compromisso de manter viva a memória cultural e histórica do estado, ao mesmo tempo em que busca inspirar gerações futuras mergulhadas no universo literário nacional.
Além de escritor, Graciliano Ramos também navegou pelas complexas águas políticas de sua época, enfrentando momentos de censura e repressão. Com suas obras, ele registrou a realidade vivida por milhões no nordeste e ofereceu um retrato visceral do Brasil. Neste dia comemorativo, a Imprensa Oficial reitera seu compromisso de não apenas preservar, mas também propagar o legado do autor, continuando a garantir que a influência de Graciliano permaneça viva, alimentando a cultura nordestina e nacional.
A solenidade é, portanto, mais do que uma homenagem; é uma reafirmação de que as palavras de Graciliano seguem produzindo eco e relevância, inspirando a todos a refletirem sobre as complexidades do sertão e a buscar, através das letras, um caminho para a justiça social e o entendimento humano.