A partir de 4 de dezembro, as secretarias de Saúde dos 102 municípios alagoanos poderão retirar suas cotas da vacina, administrada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), sob coordenação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). A implementação e o cronograma de vacinação dependerão das estratégias locais de cada gestão municipal.
O VSR é uma das principais ameaças respiratórias para crianças pequenas, com a maioria tendo contato com o vírus até os 2 anos. Por isso, a introdução dessa vacina no calendário de vacinação para gestantes é crucial, proporcionando proteção desde os primeiros meses de vida, ao aplicar uma dose única a partir da 28ª semana de gestação. O objetivo é alcançar uma cobertura de 80% entre as gestantes.
Gustavo Pontes de Miranda, secretário de Saúde do Estado, enfatizou que a vacinação é uma ferramenta vital para reduzir internações pediátricas. “Com as 12.430 doses recebidas, damos início a uma importante etapa de prevenção e proteção dos nossos recém-nascidos”, declarou, ressaltando o potencial de vida que esta campanha oferece.
A vacina gratuita representa um significativo avanço, especialmente quando comparada ao custo elevado no setor privado. O acordo entre o Governo Federal, o Instituto Butantan e o fabricante permite não apenas a distribuição imediata, mas também a futura produção nacional do imunizante.
A coordenadora do PNI em Alagoas, Rafaela Siqueira, destacou a eficácia da estratégia vacinal para gestantes. A transferência de anticorpos maternos para o bebê durante a gravidez é uma medida eficaz de proteção durante os primeiros seis meses, o período mais crítico para a severidade das infecções por VSR.
Dados do Ministério da Saúde indicam que em 2025, até novembro, 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por VSR já foram registrados no Brasil, 82,5% deles em crianças menores de 2 anos. Este cenário ressalta a urgência da vacinação como uma medida de prevenção essencial para evitar complicações e salvar vidas.
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