A operação é um desdobramento da já conhecida “Operação Noteiras”, realizada em 2021, e visa desarticular uma suposta organização criminosa responsável pela emissão de 3.322 notas fiscais falsas, causando um prejuízo de mais de R$150 milhões aos cofres públicos. As autoridades investigaram a atuação de cerca de 30 pessoas físicas e 42 jurídicas, todas distribuídas por várias unidades federativas do país, mostrando a extensão do esquema aparentemente estruturado para burlar o sistema tributário nacional.
A operação Argus contou com um contingente de 120 agentes públicos, incluindo 45 auditores fiscais e 54 policiais civis e militares, além de diversos procuradores, promotores de justiça e delegados. A natureza severa e complexa das fraudes levou à necessidade de uma abordagem investigativa multidisciplinar, que envolveu a análise detalhada de documentos, cruzamento de dados e identificação de empresas suspeitas de conluio.
Francisco Suruagy, secretário especial da Receita Estadual de Alagoas, reiterou a importância de ações como essa para proteger a integridade do mercado e garantir um ambiente de negócios mais justo. Enfatizou ainda que além da responsabilização criminal, a força-tarefa também almeja neutralizar os efeitos deletérios que práticas fraudulentas exercem sobre a economia e a arrecadação estadual. “É fundamental que os recursos públicos sejam utilizados em políticas indispensáveis para a população”, salientou.