A operação contou com a colaboração da Polícia Científica e o cumprimento do mandado de busca e apreensão foi realizado sob a autoridade de Sóstenes Alex, juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude da capital alagoana. A apreensão foi executada por equipes da Delegacia Especializada da Criança em Conflito com a Lei (Deacle), sob a coordenação da delegada Bárbara Arraes, e teve o apoio da Seção de Crimes Cibernéticos da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
Durante a ação policial, foram apreendidos o celular e o computador do adolescente. Segundo a delegada Bárbara Arraes, além das ameaças, o jovem também cometeu ato infracional análogo à invasão de dispositivo informático, conforme o artigo 154-A do Código Penal. As investigações apontaram que ele usou esses dispositivos para enviar mensagens intimidadoras que abalaram a segurança e a tranquilidade no ambiente educacional do colégio.
A apreensão do adolescente destaca um problema crescente nas escolas e na sociedade em geral: o uso de dispositivos digitais para a prática de crimes. Os casos de ameaças e outros atos infracionais cometidos por menores de idade em ambientes escolares vêm crescendo, refletindo a necessidade de medidas preventivas e punitivas mais eficazes.
Especialistas em segurança escolar alertam para a importância de um trabalho conjunto entre escolas, famílias e autoridades para identificar precocemente sinais de comportamento de risco entre os jovens. A tecnologia, embora seja uma ferramenta poderosa para a aprendizagem e comunicação, também pode ser potencializada de forma prejudicial, se não houver um monitoramento adequado.
Este incidente em Maceió serve como um alerta para que todos os envolvidos no ambiente educacional estejam atentos às relações entre estudantes e ao uso que eles fazem dos recursos digitais. O caso agora segue nas mãos das autoridades judiciais competentes, que determinarão as medidas socioeducativas cabíveis ao adolescente apreendido.
